Na tarde desta sexta-feira (03), a TW Transportes reuniu colaboradores, representantes de agências e empresas parceiras para o encontro anual da TW. Além de tratar dos resultados da empresa no ano de 2022 também foram apresentadas as perspectivas para o ano de 2023. O evento ainda contou com uma palestra do ex-presidente da John Deere Brasil, Paulo Hermann.

Em entrevista a Nossa Rádio AM 780, o presidente da TW Transportes, Alexandre Schmitz, destacou que um dos objetivos do encontro é manter o time alinhado em propósitos e preparar a equipe para captar todas as oportunidades que acontecerem em 2023. “A TW acredita que o país é muito grande, tem uma força muito grande e uma vontade própria com muita perspectiva de crescimento e a TW tem que estar preparada com sua equipe para poder aproveitar”, comenta Schmitz.

O presidente cita que embora a empresa esteja muito presente nos centros urbanos, o segmento agro tem sinalizado boas perspectivas para ano, embora no Rio Grande do Sul a estiagem deva prejudicar o desempenho do setor pelo segundo ano seguido. Contudo, para Schmitz os movimentos vem apresentando sinais de que a economia neste ano possa crescer mais do que as estimativas que parte dos economistas vem fazendo sobre o PIB.

Num cenário em que muitas duvidas se levantam nos contextos econômico e político o empresário comenta que o que se pode controlar são os movimentos internos do negócio, e neste, a empresa está focada.

“A gente olha para a questão externa, mas estamos mais preocupados em olhar para dentro do negócio e das nossas deficiências. As vezes nos pegamos perdendo mais para nós mesmos, do que para fatores externos e temos ai oportunidades de melhorar”, cita o presidente que comenta que um focos neste ano é melhorar as experiências dos clientes. Com meta de continuar crescendo na casa de dois dígitos por ano, Schmitz confirma que a empresa pretende em 2023 crescer em número de agências reforçando a presença em São Paulo e em regiões daquele estado, onde ainda não está presente ou que atende por outras empresas que lhe dão suporte.

Desenvolvimento econômico atrelado a possibilidade do país ter potencial de gerar equilíbrio alimentar do mundo

Apresentando dados sobre projeções econômicas e populacionais do Brasil e do mundo a médio e longo prazo, o ex-presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, faz uma leitura bastante positiva sobre o protagonismo, potencializado pelo agronegócio, que o Brasil deve assumir nas próximas décadas.

Ele destaca que a visão de crescimento econômico é alicerçada no crescimento populacional de 8 bilhões de pessoas no mundo para 10 bilhões de pessoas em 30 anos, e que precisam ser alimentadas.

Outro ponto apresentado por Hermann é sobre onde estarão as principais riquezas neste período.

Dados apresentados pelo executivo indicam que em 2030 quase 50% da população global estará concentrada na Asia, continente que conforme ele, não tem vocação para produzir o tanto de alimentos necessários para atender a demanda.

 “O Brasil tem tecnologia, tem gente e terra para fazer a produção necessária para o equilíbrio alimentar do mundo”, cita Hermann.

Sobre a tecnologia de máquinas agrícolas, Hermann comentou que a tendência é de que a aplicação desta continue avançando com máquinas que façam a leitura computadorizada das condições de campo e maior utilização de inteligência artificial. “Há países que terão de admitir que em produção de alimentos é impossível competir com o Brasil.  E isto não é porque somos brasileiros, é porque somos um país tropical, e a agricultura é fotossíntese. Quem tem sol 12 meses por ano, faz agricultura 12 meses, e por isso é que causamos o terror naqueles que se dizem competidores com o Brasil”, diz Hermann.