Emater estima que perdas com a estiagem em Carazinho já chegam a R$ 200 milhões

Emater estima que perdas com a estiagem em Carazinho já chegam a R$ 200 milhões

Um levantamento feito pelo escritório da Emater de Carazinho e divulgado nesta quarta-feira (15), aponta que as estimativas de prejuízos causados pela estiagem registrada desde o final de 2022 em Carazinho já acumulam mais de R$ 200 milhões em perdas. Em entrevista a Nossa Rádio AM 780, o engenheiro Renato Serafini, do escritório local da Emater destaca que o levantamento considera os indicadores colhidos com cooperativas, produtores, sindicatos e IBGE. O engenheiro frisa que nos últimos meses as chuvas foram muito irregulares e além de volumes abaixo das médias há localidades em que as precipitações foram maiores e em outras menores, de modo que as perdas também variam de acordo com a localidade. No entanto, de modo geral a safra de milho teve quebra média de 60%. O profissional explica que o percentual geral no milho só não é pior porque uma parte da área é irrigada. Conforme Serafini, no milho, no atual ciclo da cultura, já está com perdas praticamente consolidadas.   

O engenheiro destaca que o milho destinado a silagem também teve impacto severo em sua qualidade, o que somado a falta de pastos está impactando na redução de produtividade de leite. Outro fator que afeta a pecuária leiteira são as altas temperaturas que estressam os animais e também influenciam na produtividade. Já as perdas na produção de soja já estão próximas de 50%.“Comemoramos esta chuva que veio e que se tem previsão para a semana, mas necessitamos de muito mais e que sejam mais uniformes” comenta Serafini que explica que o documento será encaminhado ao Executivo que é quem deve deliberar sobre decretar, ou não situação de emergência.

Conforme a Defesa Civil, em Carazinho a pontos em que foram verificados neste ano apenas 2 milímetros de chuva. Além do relatório da Emater que aponta o dano financeiro, para haver o decreto de modo que este seja reconhecido é preciso também um relatório confirmando o dano humano, documento que precisa ser construído pela  Assistência Social. Conforme a Defesa Civil uma nova reunião para discutir a situação da estiagem está marcada para o dia 23 de fevereiro.

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