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Vista aérea do Parque do Ibirapuera, em São Paulo — Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Visitar parques, jardins e outros espaços verdes urbanos pode reduzir o uso de medicamentos para pressão alta, insônia, ansiedade, depressão e asma. Essa é a constatação de um estudo conduzido na Finlândia e publicado na revista científica Occupational & Environmental Medicine.
Os pesquisadores do Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar também observaram que os efeitos positivos deste tipo de passeio foram mais fortes entre aqueles que relataram renda familiar anual mais baixa.
Segundo o The Guardian, essas descobertas confirmam o que outras pesquisas já haviam apontado: a falta de acesso a espaços verdes está ligada a uma série de problemas de saúde. Fica provado também que o contato com a natureza tende a ser desigual, com as comunidades mais pobres tendo menos oportunidades.
Estudo na prática
Para realizar o experimento, os especialistas basearam-se nas respostas de 16 mil residentes de Helsinque, Espoo e Vantaa, três cidades que compõem a maior área urbana da Finlândia. Eles participaram, em 2015 e 2016, de uma pesquisa que reuniu informações sobre como moradores com pelo menos 25 anos experimentaram espaços residenciais verdes e azuis em um raio de 1 km de suas casas.
As áreas verdes incluíam florestas, jardins, parques, parques de castelos, cemitérios, zoológicos, pastagens naturais e pântanos. Já as áreas azuis incluíam mar, lagos e rios.
Segundo o The Guardian, os entrevistados relataram o uso de medicamentos prescritos para ansiedade, insônia e depressão, pressão alta e asma. Eles foram questionados com que frequência passavam o tempo ou se exercitavam ao ar livre em espaços verdes, durante maio e setembro, com opções que variavam de nunca a cinco ou mais vezes por semana.
“Acumular evidências científicas que apoiem os benefícios para a saúde da exposição à natureza provavelmente aumentará a oferta de espaços verdes de alta qualidade em ambientes urbanos e promoverá seu uso ativo”, escreveram os pesquisadores. “Essa pode ser uma maneira de melhorar a saúde e o bem-estar nas cidades.”
Fonte: G1.com