Comitê para controle do Aedes aegypti em Santa Catarina realiza primeira reunião do ano

Estúdio 104

Jean Fiuza

Comitê para controle do Aedes aegypti em Santa Catarina realiza primeira reunião do ano

Imagem de shammiknr por Pixabay

Diversos órgãos do Governo do Estado e representantes de outras instituições participaram nessa terça-feira, 28, da primeira reunião de 2023 do Comitê Intersetorial para Ações de Vigilância e Controle do Aedes aegypti. Antes denominado de Sala de Situação, o grupo realiza encontros periódicos para a troca de informações e planejamento de ações intersetoriais para a prevenção e controle do mosquito no estado.

O comitê é o ponto central de discussão e acompanhamento das ações. “Além de apresentação do cenário da doença no estado para todos, o grupo serve para planejar e gerenciar essas ações intersetoriais”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses da Dive.

“Essas reuniões unem diversos setores, como educação, indústria e saúde, e ajudam a nortear o trabalho de prevenção à dengue. Nosso objetivo é evitar que o cenário de 2022 se repita novamente esse ano. Por isso, é necessária a intensificação das ações de vigilância em todo o estado, mas com destaque significativo para a região da Grande Florianópolis, que concentra quase 70% dos casos de Santa Catarina”, destaca João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica (Dive).

Destaques do encontro

– Campanha de recolhimento de pneus
Os municípios catarinenses que tiverem interesse em aderir à Campanha de recolhimento de pneus de 2023 podem se inscrever até o dia 17 de março, nesse link: https://forms.gle/1n5RfRpbWuPNb69E9

Lembrando que é necessário também preencher o Termo de Responsabilidade.

A campanha de recolhimento de pneus é uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), por meio do Programa Penso, Logo Destino, e a Reciclanip, entidade gestora do sistema de Logística Reversa de Pneus Inservíveis em todo o Brasil.

– LIRAa
Até o dia 17 de março, os municípios infestados pelo mosquito estão levantando os dados para o primeiro relatório do Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2023.

O LIRAa permite a identificação de áreas com maior proporção e ocorrência de focos do mosquito, bem como dos criadouros predominantes, indicando o risco de transmissão de dengue, zika e chikungunya. A atividade é realizada por meio da visita a um determinado número de imóveis do município, onde ocorre a coleta de larvas para definir o Índice de Infestação Predial (IIP).

– Capacitações
Em fevereiro foi realizada uma capacitação para manejo clínico da dengue, sendo que outra está prevista para ocorrer em março. “É uma doença grave e pode evoluir rapidamente. Assim, os profissionais devem suspeitar da doença, orientando corretamente o paciente sobre hidratação, assim como realizar o acompanhamento adequado de cada caso, conforme a classificação de risco”, destaca o diretor da Dive.

Ainda no mês de março, a Gerência de Zoonoses da Dive vai realizar capacitação sobre a utilização e aplicação de inseticidas para os profissionais que atuam nos programas de vigilância e controle do Aedes aegypti. A capacitação envolverá 11 Regionais de Saúde e até o momento já são 140 participantes inscritos.

Participantes na primeira reunião do Comitê

– Secretaria de Estado da Educação
– Casa Civil
– Fiesc
– Vigilância Sanitária SC
– Vigilância Epidemiológica SC
– Gerência Regional de Florianópolis
– Vigilância Epidemiológica de Palhoça
– Vigilância Ambiental de Palhoça
– Vigilância Ambiental de Florianópolis
– Polícia Militar
– Cosems
– Fesporte
– Casan
– UFSC
– Ministério Público de SC
– Ministério da Saúde

Cenário da dengue em SC

A partir dessa semana, o informe epidemiológico sobre a dengue em SC passa a ser semanal, devido ao aumento do número de casos confirmados.

De acordo com o último informe, divulgado nessa quarta-feira, 1º de março, o estado já registra mais de 14 mil focos do mosquito, em 194 municípios. Já foram confirmados 959 casos de dengue, a maioria (669) na Grande Florianópolis. Palhoça é a cidade que mais registra casos: 547.

Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos.

A dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectada com o vírus. A principal medida de prevenção da doença é eliminar os criadouros do mosquito.

Fonte: NUCOM

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