ELEIÇÕES
Por: Jaime Folle
Estamos diante de uma grande decisão, que é para quem iremos dar o nosso voto e depositar a nossa confiança? Isso nos põe em dúvida, pois é o futuro do país e nosso futuro que está nas nossas mãos! É como dar um presente para apenas uma criança no dia do seu aniversário, sabendo que existem várias que querem, mas eu só posso dar o presente para uma só. Vamos ter que dar nosso voto para alguém. E aí vem a dúvida. Para quem?
Um presente para uma criança vai deixá-la satisfeita, independentemente de quem a presenteou. O candidato também ficará satisfeito, independentemente de quem ganhou o voto.
A criança recebe o presente e retribui com um abraço, porque o papai e a mamãe assim o ensinaram que fizesse.
O candidato também. Só que abraça antes de ganhar o voto, igual a uma criança em festa de aniversário, primeiro pega o presente, depois abraça quem a presenteou.
Uma criança para ganhar um presente, começa meses antes a alugar a cabeça dos pais, dos padrinhos, prometendo fazer tudo direitinho para ganhar o que quer. Faz os temas direitinho, vai à escola, ajuda a limpar a casa, obedece a mamãe, tudo para ganhar o presente.
O candidato também aluga, por alguns meses, a cabeça dos eleitores com promessas de quem vai fazer tudo direitinho, resolver os problemas sociais, de desemprego, saúde, educação, arranja até casamento, se for o caso, para ganhar os votos.
A criança, uma vez perguntada sobre qualquer tema, tem a resposta certa na ponta da língua, e para tudo tem a solução instantânea. O candidato também. Basta levantar o problema que a solução vem na hora.
Uma criança, quando é cobrada por algum erro, sempre vai culpar alguém. Culpa um amiguinho ou até mesmo os mais velhos pelos problemas, dizendo que os adultos não as entendem.
Os candidatos, quando eleitos, poucos cumprem o prometido e, normalmente, culpam a oposição, dizendo que esta é retrógrada e que não têm interesse em ajudar o povo.
Porém, há uma diferença muito grande entre uma criança e um candidato: uma criança quando erra, erra na sua essência e quando peca, peca por sua própria inocência, sem maldade e sem intenção.
Já o candidato tem memória pronta, é maduro, sabe o que está fazendo e se pecar contra seus eleitores, sabe porque está pecando.
Ao escolher seu candidato para dar seu voto (seu presente), sugiro que avalie antes quais são, realmente, suas intenções, seus critérios, por que quer seu voto, para depois poder acompanhar sistematicamente se vai realmente cumprir o prometido.
Uma criança jamais esquece de quem deu a ela um presente que ela gostou. Quantos dias o candidato levará para esquecer seu voto?
Até a próxima!
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