Alta dos juros preocupa setor empresarial catarinense

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Maiara Otto Bernardes

Alta dos juros preocupa setor empresarial catarinense

Tema foi discutido em reunião do COFEM, que também abordou temas como a nota eletrônica para produtor rural, infraestrutura, a concessão do Porto de Itajaí, além do trabalho da Junta Comercial

         O setor produtivo de Santa Catarina está preocupado com a alta da taxa básica de juros, a Selic, que chegou a 13,75% ao ano. O assunto foi discutido nesta segunda-feira (8) pelo Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (COFEM), que alerta para a alta dos custos e para os reflexos negativos no consumo, na produção e no emprego. A reunião foi realizada na sede do SEBRAE e abordou também questões como a infraestrutura, a concessão do Porto de Itajaí e a nota eletrônica ao produtor rural, além de contar com uma apresentação da Junta Comercial de Santa Catarina (Jucesc).

O presidente da Jucesc, Juarez Domingues Carneiro, informou que o estado possui 1,18 milhão de estabelecimentos ativos e mostrou a redução no tempo necessário para abertura de empresas. Também apresentou estatísticas evidenciando uma elevação no número de empresas abertas nos últimos anos. Enquanto o saldo de novos estabelecimentos em 2019 foi de 55,2 mil, em 2022 é de 80,9 mil. As entidades do COFEM destacaram a importância de qualificar cada vez mais os novos empreendedores, especialmente aqueles que abrem um negócio por necessidade, a fim de que o índice de “mortalidade” das empresas caia, já que em 2022, embora tenham sido abertos 128,6 mil novos estabelecimentos, 47,7 mil foram extintos.

Com relação ao Porto de Itajaí, as entidades, que já manifestaram-se publicamente a favor da concessão, definiram que retomarão o assunto com a participação de especialistas. O COFEM pretende definir proposições que possam garantir bons níveis de operação do terminal, o que depende da participação da iniciativa privada tanto na operação, quanto na autoridade portuária.

No caso da nota eletrônica ao produtor rural, o COFEM defende que Santa Catarina adote modelo similar ao empregado no Rio Grande do Sul, que tem um aplicativo para a emissão. Mas a preocupação é com a baixa cobertura da telefonia móvel nas áreas rurais do estado.

O COFEM é composto pelas Federações das Indústrias (FIESC), do Comércio (FECOMÉRCIO), da Agricultura (FAESC), dos Transportes (FETRANCESC), das Associações Empresariais (FACISC), das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), das Micro e Pequenas Empresas (FAMPESC), além do Sebrae-SC.

Fonte: Texto/ Assessoria de Imprensa da FIESC

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